Energia solar para investidores: rentabilidade, riscos e projeções
A transição energética deixou de ser apenas uma pauta ambiental para se tornar também uma oportunidade financeira robusta. Entre as alternativas disponíveis, a energia solar vem se destacando no Brasil como um dos investimentos mais promissores do setor.
Segundo dados da ABSOLAR, o país já ultrapassou 40 GW de capacidade instalada em 2025, colocando o Brasil entre os cinco maiores mercados solares do mundo. Mas afinal, qual é a real rentabilidade de investir em uma usina solar? Quais os riscos envolvidos e quais as projeções futuras?
Rentabilidade de uma usina solar
Investir em energia solar pode ser comparado à aquisição de um ativo de geração estável, que proporciona receita previsível ao longo do tempo. A rentabilidade depende de fatores como:
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Capacidade da usina (kWp ou MWp)
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Localização geográfica (índice de radiação solar da região)
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Modelo de negócio:
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Geração distribuída (GD) para consumidores específicos.
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Geração centralizada, com venda no Mercado Livre de Energia.
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Custo de implantação: equipamentos, estrutura, conexão à rede.
Em média, uma usina solar no Brasil pode entregar TIR (Taxa Interna de Retorno) entre 12% e 18% ao ano, dependendo do porte e do contrato de venda de energia.
Comparativo com outros investimentos
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Renda fixa (Tesouro Selic, CDBs): taxa média de 9% a 11% ao ano em 2025.
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Fundos imobiliários (FIIs): dividend yield entre 8% e 10% ao ano.
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Ações: maior potencial de valorização, mas com risco elevado.
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Energia solar: retorno médio de 12% a 18% ao ano, com contratos de longo prazo (até 20 anos).
👉 Ou seja: energia solar une rentabilidade superior à renda fixa com risco mais controlado que ações, sendo comparável a investimentos em infraestrutura.
Riscos do investimento em energia solar
Apesar de atrativo, o setor não está livre de riscos. Os principais são:
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Regulatórios: mudanças em políticas tarifárias ou no marco legal da GD.
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Financeiros: variação no custo de equipamentos importados (impacto do câmbio).
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Operacionais: falhas técnicas, manutenção insuficiente ou perdas na rede.
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Mercado: inadimplência de clientes em contratos de locação de usinas ou PPAs (Power Purchase Agreements).
Mitigar esses riscos exige planejamento, contratos bem estruturados e acompanhamento profissional.
Projeções para o setor no Brasil
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O governo brasileiro projeta que até 2030 a energia solar representará 15% da matriz elétrica nacional.
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O Mercado Livre de Energia tende a crescer fortemente, abrindo espaço para mais contratos privados entre usinas e empresas.
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Há um movimento crescente de ESG e créditos de carbono, que podem aumentar a rentabilidade de usinas solares ao gerar receita adicional pela compensação de emissões.
Conclusão: vale a pena investir em energia solar?
Para o investidor que busca segurança, previsibilidade e bom retorno financeiro, a energia solar se apresenta como um ativo estratégico.
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Rentabilidade acima da média da renda fixa.
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Contratos de longo prazo, com receita garantida.
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Potencial de valorização adicional via créditos de carbono e mercado ESG.
No entanto, como todo investimento, exige análise técnica e consultoria especializada para identificar o modelo mais adequado (GD, Mercado Livre, consórcio ou autoprodução).
👉 Por isso, contar com o apoio de um consultor de energia é essencial para maximizar resultados e reduzir riscos.
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