domingo, 14 de setembro de 2025

 

Energia solar para investidores: rentabilidade, riscos e projeções

A transição energética deixou de ser apenas uma pauta ambiental para se tornar também uma oportunidade financeira robusta. Entre as alternativas disponíveis, a energia solar vem se destacando no Brasil como um dos investimentos mais promissores do setor.

Segundo dados da ABSOLAR, o país já ultrapassou 40 GW de capacidade instalada em 2025, colocando o Brasil entre os cinco maiores mercados solares do mundo. Mas afinal, qual é a real rentabilidade de investir em uma usina solar? Quais os riscos envolvidos e quais as projeções futuras?


Rentabilidade de uma usina solar

Investir em energia solar pode ser comparado à aquisição de um ativo de geração estável, que proporciona receita previsível ao longo do tempo. A rentabilidade depende de fatores como:

  • Capacidade da usina (kWp ou MWp)

  • Localização geográfica (índice de radiação solar da região)

  • Modelo de negócio:

    • Geração distribuída (GD) para consumidores específicos.

    • Geração centralizada, com venda no Mercado Livre de Energia.

  • Custo de implantação: equipamentos, estrutura, conexão à rede.

Em média, uma usina solar no Brasil pode entregar TIR (Taxa Interna de Retorno) entre 12% e 18% ao ano, dependendo do porte e do contrato de venda de energia.


Comparativo com outros investimentos

  • Renda fixa (Tesouro Selic, CDBs): taxa média de 9% a 11% ao ano em 2025.

  • Fundos imobiliários (FIIs): dividend yield entre 8% e 10% ao ano.

  • Ações: maior potencial de valorização, mas com risco elevado.

  • Energia solar: retorno médio de 12% a 18% ao ano, com contratos de longo prazo (até 20 anos).

👉 Ou seja: energia solar une rentabilidade superior à renda fixa com risco mais controlado que ações, sendo comparável a investimentos em infraestrutura.


Riscos do investimento em energia solar

Apesar de atrativo, o setor não está livre de riscos. Os principais são:

  1. Regulatórios: mudanças em políticas tarifárias ou no marco legal da GD.

  2. Financeiros: variação no custo de equipamentos importados (impacto do câmbio).

  3. Operacionais: falhas técnicas, manutenção insuficiente ou perdas na rede.

  4. Mercado: inadimplência de clientes em contratos de locação de usinas ou PPAs (Power Purchase Agreements).

Mitigar esses riscos exige planejamento, contratos bem estruturados e acompanhamento profissional.


Projeções para o setor no Brasil

  • O governo brasileiro projeta que até 2030 a energia solar representará 15% da matriz elétrica nacional.

  • O Mercado Livre de Energia tende a crescer fortemente, abrindo espaço para mais contratos privados entre usinas e empresas.

  • Há um movimento crescente de ESG e créditos de carbono, que podem aumentar a rentabilidade de usinas solares ao gerar receita adicional pela compensação de emissões.


Conclusão: vale a pena investir em energia solar?

Para o investidor que busca segurança, previsibilidade e bom retorno financeiro, a energia solar se apresenta como um ativo estratégico.

  • Rentabilidade acima da média da renda fixa.

  • Contratos de longo prazo, com receita garantida.

  • Potencial de valorização adicional via créditos de carbono e mercado ESG.

No entanto, como todo investimento, exige análise técnica e consultoria especializada para identificar o modelo mais adequado (GD, Mercado Livre, consórcio ou autoprodução).

👉 Por isso, contar com o apoio de um consultor de energia é essencial para maximizar resultados e reduzir riscos.









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